domingo, 31 de julho de 2011

Cinzeiro e jarra - Aleluia

As cartas de jogar têm pontuado a história da pintura ocidental. Desde as naturezas-mortas dos séculos XVII e XVIII até as composições Cubistas de Picasso e Braque, passando pelas colagens Dadaistas e a pintura Surrealista, um Ás de Copas ou de Espadas pode aparecer revestido de sentido simbólico ou apenas como elemento plástico.
Nas artes decorativas da primeira metade do século XX as referências às cartas de jogar ou aos seus naipes, bem como aos jogos de dados, é bastante frequente. Em especial na década de 1950, onde estes elementos estão muitas vezes contidos nas decorações de objectos associados ao lazer ou de carácter lúdico, remetendo para as ideias de sorte, azar ou amor.
Os naipes das cartas de jogar possuem características gráficas quem bem se identificam com o sintetismo moderno, podendo ser facilmente integrados em estruturas de desenho geométrico, preenchidas com cores primárias e planas.


Aleluia - Cinzeiro 630-O. © CMP


Cinzeiro da fábrica Aleluia, provavelmente na primeira metade da década de 50.
A forma é orgânica, totalmente composta por linhas curvas e mede 13 cm x 11 cm x 5 cm. A decoração é pintada à mão, em preto, branco e vermelho, com elementos lineares em amarelo. Este modelo, 630, foi produzido com várias decorações.



Aleluia - Cinzeiro 630-O. © CMP

Aleluia - Cinzeiro 630-O. © CMP

Aleluia - Cinzeiro 630-O, marca de fábrica. © CMP



O número 630, pintado à mão, refere-se ao modelo e a letra O refere-se à cor e decoração. No centro da marca está um pequeno M, escrito à mão, que será provavelmente a identificação do pintor. Qualquer esclarecimento sobre estas marcas poderá aqui ser acrescentado.


Aleluia - Jarra 479-A, Anos 50. MdS Leilões


Aleluia - Jarra 479-A, Anos 50. © JMPF


Aleluia - Jarra 479-A, Anos 50. © JMPF


Aleluia - Jarra 479-A, marca de fabrica. © JMPF


A jarra modelo 479-A mede 15 cm de altura, sendo provavelmente da primeira metade da década de 50, decorada à mão com copas relevadas em cores planas e filete dourado.


CMP* agradece a José Manuel Pinheiro de Figueiredo a cedência de imagens de peças da sua colecção.




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